domingo, 10 de dezembro de 2017

Agradecimento a Luís Macieira Fragoso (3)


Venho de novo agradecer a Luís Macieira Fragoso, e a mais alguns.

Depois de já lhe ter agradecido por duas vezes (http://proa-ao-mar.blogspot.pt/2016/03/agradecimento-luis-macieira-fragoso.html; e http://proa-ao-mar.blogspot.pt/2016/05/agradecimento-luis-macieira-fragoso-2.html) impunha-se voltar a fazê-lo e, desta vez, também ao funcionário Henrique Gouveia e Melo, por coisas que fizeram e que redundaram em meu benefício.

Soube há um ano que estes dois funcionários voltaram a fazer uma participação criminal contra mim por difamação (1921/16.4T9LSB). O Ministério Público mandou há dias arquivá-la. Tinha de ser, porque não os insultei, não os injuriei, nem os difamei.

Deste processo, além da participação criminal, e do que ela impôs de custos aos contribuintes, importa considerar as declarações das testemunhas que o senhor Fragoso pediu para o irem apoiar: o comandante Coelho Dias (porta-voz da Armada), o comandante Anjinho Mourinha, o sargento Marques dos Santos e o seu chefe de gabinete, Gouveia e Melo. Todos subordinados próximos de Fragoso e do seu chefe de gabinete e que poucos sequer imaginam que pudessem não fazer este favor ao seu chefe.

Vejamos estas afirmações de Gouveia e Melo:
[…]



Quer dizer, um vice-almirante, que comanda as forças navais de Portugal, acredita que os órgãos de soberania do seu país tomaram “de alguma forma” as suas decisões sobre o senhor Fragoso com base nos artigos de opinião de um vulgar cidadão. Para Gouveia e Melo, os órgãos de soberania do seu país são superficiais e manipuláveis pelos media - a menos que...

Coloca-se a questão: por que razão terão os órgãos de soberania seguido os artigos de opinião deste vosso humilde escriba? E, muito mais importante, como explica Melo que ele próprio tenha sido promovido?

Eu limito-me a colocar esta questão: se Fragoso ascendesse a CEMGFA e, sobretudo, se fosse reconduzido teria o atual CEMA chegado a esse cargo, com perspetivas anunciadas, segundo se diz, de ascender a CEMGFA no verão de 2018?

Convém recordar que quem promoveu Gouveia e Melo tem responsabilidades e culpas neste e noutros resultados. Incluindo o Presidente da República, que foi avisado em tempo.

Mas aquelas afirmações de Gouveia e Melo dão outro sentido a uma afirmação contida no relatório da Comissão Técnica Independente ao Incêndio de Pedrógão Grande:

“O aparecimento do Comandante Naval na área de operações, por exemplo, pode ter dado algum tipo de dividendos à Marinha Portuguesa, do ponto de vista político mas é negativo para as Forças Armadas e para o CEMGFA.” (p.12/13 do apêndice).

A quem conhece Gouveia e Melo para lá da imagem que ele visa projetar de si mesmo não custa imaginar – sobretudo face às suas declarações acima – que ele acredita que se aparecer muitas vezes nas TVs, e nos media em geral, em situações que suscitem simpatia, os órgãos de soberania vão escolhê-lo para suceder ao atual CEMA.

E depois há quem me critique quando defendo que há demasiados militares que atuam sobretudo em função dos benefícios que esperam obter das suas condutas.

Aqui chegados, Gouveia e Melo sabe o efeito que vai ter este meu texto, pelo que sabe o que tem a fazer.

Tenho, pois, de agradecer ao senhor Fragoso pela oportunidade de mostrar e deixar registados factos que tanto me ajudam a provar teses que defendo há muito, com conhecimento direto, mas difíceis de provar.

Apesar de conhecer bem a sua convicção de invulnerabilidade, nunca teria pedido a Gouveia e Melo tanto como o que ele deixou registado. Em todo o caso, aproveito, e agradeço, com imenso gosto.

Mas há mais.

2 comentários:

  1. Bons macacos... a fazerem macaquices.
    Que saudades tenho da rapaziada do curso dos 40 ladrões.

    ResponderEliminar
  2. Conheço bem o Silva Paulo e que nunca doa mão da caneta.
    Um forte abraço

    ResponderEliminar